segunda-feira, 4 de abril de 2011

Crônica de Copacabana


Estava um dia quente, na praia, quando um velho homem que passava me perguntou:- Tem algo? E por sinceridade disse apenas não, então o velho homem andou, vagamente. Tinha uma velha jaqueta escrita “rolling stones”, um óculos escuros e um grande bigode, sim, ele se juntava a uma longa barba loura. Ele parecia um personagem daqueles filmes de motoqueiro em que eles entram em um bar acompanhados de mais ou menos 5 ou 6 homens, aparentemente iguais ao que entra na frente. Aquele homem sumiu na vasta praia de Copacabana, andando com seu estilo anônimo. Horas se passaram e eu ainda ali, no mesmo lugar, só que agora sentado numa pequena cadeira de praia, como se estivesse esperando um ônibus passar no meio da praia. Dali a meia hora avisto o mesmo homem indo na direção contraria, avista-me e vem me pedir a mesma coisa. Eu digo novamente não, só que agora com um pouco mais nervoso. O homem andou só que agora um pouco mais rápido. Finalmente ás 18 horas eu pequei minha carteira e fui pegar meu velho carro estacionado na frente da grande praia. Havia uma pequena surpresa perto de meu carro: o mesmo homem que viera pedir esmola estava na porta de meu carro, parado. Quando cheguei perto do senhor pedi licença, que foi concedida rapidamente. Eu entrei no carro e ele pela janela me disse: você tem algum trocado?
Eu respondi um pouco irritado, da seguinte maneira: o que o senhor deseja? Ele pareceu assustado, mais voltou ao normal e me disse:
- É que minha moto quebrou e precisava de alguns trocados.
Verifiquei meu bolso e achei uma moeda de cinqüenta centavos e dei-lhe em sua mão.
Ele pegou a moeda, guardou-a no bolso e me disse:
-Muito obrigado primo, espero que se agente encontre na sua casa para jantar, amanhã qual é o prato?
Eu liguei meu carro, furioso por lembrar dele, e dei a ré, e segui pela longa avenida, até minha casa

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